Muitas mulheres compartilham a mesma dúvida. Será que a gravidez após o câncer de mama é seguro? Então no artigo de hoje vamos abordar este tema tão importante no blog do Instituto Patologia Feminina de uma maneira bem didática e informativa. Confira!
Gravidez após o câncer de mama é seguro?
É lugar comum que o câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres. E sim, tanto a doença quanto os próprios tratamentos interferem na gestação. Uma das dúvidas mais comuns é em relação a possibilidade de engravidar após a doença.
Sim, é possível. Contudo, há de se atentar a alguns fatores, como a idade da mulher no momento do diagnóstico e o tipo de tratamento a qual foi submetida. Quanto mais jovem for a paciente, suas chances de gestação se tornam maiores (inclusive da forma natural). A principal razão é a qualidade do óvulo.
Os hormônios da gestação e as chances de recidiva
Esta associação não é uma regra para pacientes que engravidam depois de se submeter ao tratamento de câncer de mama. Segundo estudo realizado pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica com mais de 1200 pacientes com menos de 50 anos e com diagnóstico de câncer de mama, 30% delas engravidaram e em comparação com as demais não existiu qualquer diferença significativa quanto ao retorno da doença.
E a maioria dos tumores foi classificada como RE-positivo (quando as células são sensíveis ao estrogênio e podem se proliferar em resposta a esse hormônio). Além disso, em relação as que tiveram o tipo oposto (RE-negativo) tiveram o risco de mortalidade reduzido em 42% após o teste de gravidez positivo.
Amamentação após o câncer de mama
A cirurgia e a radioterapia são geralmente os tratamentos mais indicados e podem interferir no processo de amamentação. A cirurgia por conta da redução do volume do tecido mamário e a radioterapia gera disfunção dos ductos lactíferos. Quando o tratamento envolve mastectomia (retirada de todo o tecido mamário), impossibilitará a amamentação futura.
Tudo isto corrobora a importância de todos os cuidados individuais e periódicos, focando no diagnóstico precoce da doença para facilitar um tratamento menos agressivo e também a qualidade de vida da paciente, com uma gestação natural e se possível com amamentação fisiológica.
É totalmente viável manter uma vida longa, saudável e feliz após o câncer de mama, bem como planejar sua gravidez, realizando o sonho de construir uma família depois de vencer este grande desafio.