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Uma das doenças mais temidas e ao mesmo tempo desconhecidas entre as mulheres é a endometriose, e uma das dúvidas mais comuns é: ela é passada geneticamente? Neste artigo serão esclarecidas algumas dúvidas sobre esta doença ser ou não hereditária. 

 

O que é?

A endometriose é uma doença que compromete a estrutura externa do útero, causando problemas na menstruação, como a intensidade das dores e aumento do fluxo menstrual, e até a infertilidade. 

Em resumo, o útero é revestido por camadas de pele, e a endometriose é uma doença que acomete mais camadas e engrossa as paredes uterinas. Essa formação de tecido ocorre normalmente na região pélvica, nos ovários, no intestino, no reto, na bexiga e na pélvis.

 

Mas afinal, a endometriose pode ser hereditária?

Sim. Isso porque ela é uma doença crônica, que pode se apresentar nos genes e ser passada a algumas pessoas de mesma linhagem. 

O que acontece é que o risco de se ter endometriose é maior em caso de já existir uma parentesco com um portador da doença. Mulheres com irmãs e mães que tenham endometriose apresentam 3x mais risco de desenvolver a endometriose. 

Se tratando de um aspecto genético, o risco de se ter a doença é considerado poligênico. Isso significa que existem variáveis, onde os genes irão representar um pequeno risco associados à doença.

 

Contágio

Embora não haja conhecimento sobre o que causa de fato esta condição, vale lembrar que a endometriose não é contagiosa. 

A teoria da menstruação retrógrada sugere que o sangue menstrual alojado na cavidade pélvica e nas tubas uterinas pode ser responsável pelo desenvolvimento da doença.

 

Fique atenta aos sinais!

A endometriose pode se apresentar pelos seguintes sintomas:

 

  • Cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação;
  • Dor pré-menstrual;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Dor difusa ou crônica na região pélvica;
  • Fadiga crônica e exaustão;
  • Sangramento menstrual intenso ou irregular;
  • Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação;
  • Dificuldade para engravidar e infertilidade.

 

Diagnóstico

Caso a mulher perceba alguns destes sintomas, é importante recorrer ao exame e acompanhamento médico, pois somente um profissional poderá auxiliá-la a realizar o tratamento.

O diagnóstico funciona de forma simples e rápida. Ocorre a partir de um exame físico, no caso, o ultrassom (ultrassonografia) endovaginal especializado. Além deste, o médico irá realizar um exame ginecológico e a dosagem de marcadores e outros exames de laboratório.

 

Tratamento

Muitas vezes as mulheres desconhecem, ignoram ou não identificam os sintomas da endometriose, e por isso seu tratamento passa a ser tardio. Mas ao contrário do que isto sugere, o tratamento é simples e prático. 

Para tratar a doença, é preciso ocorrer a interrupção do ciclo menstrual. Para isso podem ser utilizadas pílulas anticoncepcionais de modo contínuo, progestagênios isolados, hormônios injetáveis, implantes ou DIU que libera progesterona. 

O tratamento irá depender da gravidade e estágio da doença, sendo necessário em alguns casos a realização de cirurgia.

 

A endometriose é uma doença benigna, ou seja, não agressiva e perfeitamente tratável. É importante cuidar da saúde e manter boas condições de vida. Afinal, por maiores que sejam as complicações, cuidar da saúde só é simples e essencial. 

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