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Útero septado é a anomalia uterina mais comum do mundo, atingindo cerca de 3% a 7% da população feminina do mundo. Geralmente não causa nenhum sintoma e nem problemas a mulher, mas tende a ser um problema quando a mulher quer ser mãe. E hoje vamos te contar muita coisa sobre essa má formação congênita que deixa muitas mulheres preocupadas.

Como disse, o útero septado não provoca sintomas na mulher, mas pode vir a ser um problema quando o assunto é gravidez. Geralmente a mulher que tem útero septado sofre com diversos abortos espontâneos e dificuldades para engravidar. Esses abortos acontecem, porque o septo impede a formação adequada do cordão umbilical. O que impede a passagem de nutrientes necessários para a formação da criança. Além disso, o septo que é dividido em dois também impede o crescimento do bebê por falta de espaço no útero.

 

Essa má formação acontece na 9ª semana de gestação e por não ter sintomas é normal mulheres passarem a vida toda sem se quer saber que tem esse quadro. No caso desse erro de formação há como reverter.

O tratamento do útero septado é feito através da retirada da parede que divide o útero em duas partes. Essa retirada é feita por meio de uma cirurgia chamada histeroscopia cirúrgica, onde um aparelho é introduzido através da vagina até o útero para a retirada do septo. Vou te contar como é o procedimento, Histeroscopia cirúrgica.

Existe hoje dois tipos de histeroscopia cirúrgica: a histeroscopia cirúrgica em clínica e a em laboratório.

A em consultório é feita através de um histeroscópio, sem necessidade de uma incisão cirúrgica (cicatriz) e com a mulher acordada, sem anestesia ou com anestesia local. Este é um instrumento rígido, de 3 a 5 mm, constituído no seu interior por uma câmara, uma fonte de luz, uma cânula onde circula o meio de distensão (líquido) e uma bainha para os instrumentos cirúrgicos. Através da bainha são introduzidos na cavidade uterina os instrumentos cirúrgicos que podem ser mecânicos, como a pinça e a tesoura, ou um elétrodo com energia bipolar, permitindo o tratamento da patologia presente.

E a feita e laboratório é chamada de ressectoscopia (histeroscopia cirúrgica realizada no bloco operatório) e é realizada através de um ressectoscópio, sem necessidade de uma incisão cirúrgica (cicatriz) e com anestesia geral. O ressectoscópio é um instrumento semelhante ao histeroscópio, que se baseia nos mesmos princípios, mas de maiores dimensões e maior complexidade. É composto por uma câmara ótica, uma fonte de luz, duas cânulas sobrepostas para a circulação do meio de distensão (líquido) e um canal onde funciona o instrumento cirúrgico (ansa, cilindro ou faca com energia bipolar ou monopolar).
A câmara do histeroscópio permite visualizar o seu percurso (vagina, canal cervical e cavidade uterina), transmitir a imagem num monitor (videohisteroscopia) e realizar o registo do procedimento (vídeo). Através do histeroscópio / ressectoscópio é introduzido o meio de distensão (habitualmente o soro fisiológico) a uma pressão controlada, de forma a distender e lavar a cavidade uterina, e possibilitar a sua visualização e o tratamento da patologia em causa.

 

Ambas são feitas em posição ginecológica normal.

 

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